Zack Deat - As férias













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Zack Deat sempre se programou para que em todo mês de julho pudesse tirar férias junto com a sua mulher e os seus filhos. Como pequeno empresário, e dono de seu próprio negócio, podia se presentear com alguns pequenos luxos como esse.
Naquele meio de ano Deat planejou, além de uma “bricadeirinha rural” como já vinha se tornando praxe na sua vida, umas férias no campo com a família.
É claro que a “brincadeira” da vez figurava apenas nos seus pensamentos mais profundos, mas já fazia algum tempo, desde o incidente no metrô, que ele queria variar um pouco o ambiente das traquinagens. E que melhor momento... Qual poderia ser melhor?
A viagem de carro foi divertida e Zack Deat dirigiu conversando com a sua esposa por todo o caminho enquanto os seus dois filhos brincavam no banco de trás.
Quando chegaram puderam ver que a casa de campo era realmente bonita e imponente. Com quatro quartos, cozinha, dois banheiros e uma sala bem espaçosa, a casa tinha os seus cômodos distribuídos em dois andares.
O dono, que estava alugando o local, entregou as chaves, logo que a família chegou, dizendo que era o melhor casarão da região para Deat que respondeu com um aceno de cabeça.
Os dias que se seguiram foram tranqüilos. As crianças brincavam muito com os filhos dos vizinhos e a esposa de Deat estava se sentindo muito bem. Como numa segunda lua de mel com o marido que correspondia sempre com muito amor.
Lá pelo meio do mês, numa de suas voltas matutinas, Zack Deat corria pela estrada de terra, que corta as plantações, quando viu o alvo em potencial que procurava desde a sua chegada.
A menina ruiva de cabelos lisos que colhia milho na plantação era frágil e bonita o suficiente para ser muito amada... O que traria um gosto especial para ele... É claro.
Percebeu então que sempre que passou por ali viu ela no mesmo milharal, no mesmo horário e com a mesma vontade para verificar os frutos da plantação. Deat prometeu a si mesmo que o dia seguinte seria o dia da “brincadeira”.
E como ia ser divertido...
Na mesma noite fiou pensando com os seus botões em qual seria traquinagem mais divertida. Deliciava-se, sentado a mesa cortando tomates para sua esposa, perdido em seus pensamentos. Cada corte feito no tomate, com precisão pela faca, gerava um riso que mostrava um misto de ansiedade e felicidade.
Foi quando a esposa perguntou:

-O que foi querido? O que é tão divertido...
-Esse tomate vermelho. Não é engraçado poder cortar algo tão frágil?
-Se você acha... RS
-É sim. Cortar é... Divertido.
-Então se divirta brincando um pouco mais pra eu fazer o molho pro macarrão.
-Pode deixar. Vai ser uma ótima brincadeira...
-Rs RS... Só você mesmo Zack.

Na manhã seguinte Deat pegou a sua faca, colocou no bolso, deu um até logo para a sua esposa e foi correr.
Como vinha mantendo esse hábito desde o início das férias a sua magreza começava a parecer mais um sinal de saúde do que de debilidade, como sempre foi.
Ao chegar no milharal se surpreendeu com a não presença da menina ruiva e decidiu esperar.
Esperou cinco, dez, vinte minutos... Quando já estava pensado em desistir... Ouviu o barulho de algo mexendo.
Sentia a excitação de um adolescente que esta a ponto de tirar a virgindade da santinha do colégio.
Viu o milharal se abrindo e os cabelos vermelhos aparecendo enquanto os olhos da menina tentavam, inutilmente, fazer a checagem de cada espiga.
Começou a se arrastar como uma cobra (uma cobra venenosa) e se aproximou cuidadosamente, enquanto a garota examinava com mais cuidado uma espiga estragada, até estar a menos de dois metros da concretização da brincadeira.
Deat ficou lentamente de joelhos... Tirou a faca do bolso... Olhou-a e pôs toda a sua força para fazer um corte em cada calcanhar.

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

A garota cai soltando um grito e começa a se arrastar sem olhar para trás. Deat se joga em cima dela e lacra a sua boca com a própria mão.
Se deita sobre o corpo de sua vítima e diz no seu ouvido: “A brincadeira é de pergunta e resposta... Se você acertar ganha uma faca e se errar perde a vida...”

Por favor... Não... O que eu fiz!!!!!!

Vamos, seja uma boa jogadora. Eis à questão. Valendo uma vida: Quantos milhos existem nessa plantação?

TIC TAC TIC TAC TIC TAC TIC TAC

Ela grita:
-Por quê…!?!?!? O que eu fiz…!?!?!?
-Não estrague a brincadeira... Só responda!
-Eu não sei!
-Resposta errada!

À noite em casa:

-E então querido, quer cortar mais uns tomates para o jantar.
-Será um prazer amor.
-Só não estou achando a faca. Sabe onde esta?
-Também estou procurando desde manhã.
-Que mistério... RS
-É verdade... Esqueça isso. Vamos comer uns milhos na feira. É mais saudável.
-OK
-Dizem que o segredo das plantações daqui é o adubo. Os melhores milhos de toda a região... Os melhores...

1 comentários:

Tamyris Torres | 27 de julho de 2009 às 09:00

Eu achava que o Zack era simplesmente um brincalhão que não gosta de rotinas e não um assassino...
Ele deve ter algum distúrbio mental, mas eu não entendi o porque dele não ter estuprado a vítima já que é tão comum entre os seriais...
E outra coisa, vc vai fazer o desenrolar dos fatos ou a menina não tem família para ser esquecida?
beijos e bom texto ( sanguinário, contudo muito interessante )

Andou vendo jogos mortais esses dias ou é vontade sua fazer isso com alguém?
rs

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