Velhos novos tempos




Hoje perdi minha juventude.
O último suspiro do meu insistente vigor aprendiz. Logo ele, que insistia em se manter mesmo diante de tamanha adversidade.
Sou maduro demais para tudo, mas não para ela. Nela residia minha melhor parte.
Aquela que não se importa em sair sem guarda-chuva.
Que faz sorrir sem motivo.
Que espera sem inquietude.
Que desembaraça só de atinar sua simples presença.
Era uma época de sonhos. E em um dos mais incríveis a vi pela primeira vez.
Já visitei alguns dos lugares mais lindos nesse mundo e digo: poucas belezas se aproximam do momento em que ela joga o cabelo e sorri.
É nesse momento que eu mais me aproximo do jovem sonhador que já fui.
Foi parado naquele bar, olhando para ela com um copo de bebida na frente que percebi: aquela sem duvida era a melhor parte de mim.
Sendo-me concedido o domínio do tempo faria daqueles cinco segundos uma eternidade.
Mas não sou senhor dele, não sou senhor da minha juventude e acabei de perceber que perdi a melhor parte dela.
Não compreendo suas escolhas. Tento e não vejo sentido.
Não entendo nem mais a minha... 
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