Eu serei a hiena

Hoje a hiena riu de mim.
Lá estava ela com o pescoço levantado e seus dentes amarelos debochando da minha dor com sua cabeça balançante.
Pedi para que parasse, mas o vento continuava fazendo com que seu movimento frenético de ir e vir e seu sorriso (aquele maldito sorriso na cara) me tirassem do serio.
Sabia que eu tinha acabado de desistir de algo muito importante e ria de mim com um sorriso de orelha a orelha.
Não deveria ter pensado tão alto para que não me ouvisse.
Na verdade eu não sussurrei em pensamento, eu não falei... Eu gritei e esse foi meu erro.
Levantei e joguei bem alto da forma mais aguda que consegui e disse que dali em diante não iria mais me machucar.
Doía tanto que mal conseguia rir junto com minha companheira agoniante.
É impressionante como você pode ser algo insignificante para uma pessoa perto de outra.
A vida mostra que temos prioridades e devemos defini-las de acordo com o que sentimos e queremos não importando o que os outros sentem.
Porque devemos priorizar a nossa felicidade.
A risada ecoa em minha cabeça e a vontade é de levantar para esmagar aquela cabeça até que minha raiva sem sentido passe.
Realmente não tinha obrigação de nada e fui pretensioso demais em achar que por algum motivo eu teria importância com a que lhe dei a ponto de que largasse tudo para ficar comigo por um dia... Não importa.
Se a vida é organizada por prioridades é bom saber para quem você se tornou uma mesmo no meio de uma gargalhada tão desprezivel.
Esta me envenenando com a tosca visão de seu corpo pintado e sua risada bizarra.
Maldita risada com seus dentes amarelos!
Odeio quando ele balança a cabeça rindo de mim como que dizendo: Agora você sabe que não é muita coisa... E a quanto tempo será que já não era.
Maldita cabeça... Maldita risada... Odeio essa hiena!

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